Prevenção é o melhor remédio - 10 dicas de cuidados com o pé diabético

Prevenção é o melhor remédio - 10 dicas de cuidados com o pé diabético

O cuidado apropriado ao pé diabético pode evitar e/ou tratar as desordens antes que elas causem complicações mais sérias. Acompanhe os 10 cuidados com o pé diabético.



Se você tem diabetes e não controla, o seu nível de açúcar no sangue pode ser muito alto. A diabetes descontrolada, com o passar do tempo, pode comprometer os nervos e/ou vasos sanguíneos, fazendo com que problemas corriqueiros nos pés, tais como cortes ou calos, se tornem mais graves, se não houver cuidado.

Contudo, a prevenção pode evitar boa parte dos problemas decorrentes da diabetes. A grande dificuldade é fazer com que os pacientes – e suas famílias – entendam que essa condição demanda cuidados.

É muito comum que o paciente e seus familiares saibam da diabetes, mas não façam a profilaxia adequada, seja devido a questões culturais, por achar que nunca vai acontecer nada com ele, ou porque não querem aceitar as restrições alimentares e de hábitos que a doença impõe.

No entanto, o intuito aqui é mostrar como a prevenção pode ser feita, os riscos possam ser evitados e controlados através de 10 cuidados com o pé diabético.

-> Leia também: "Pés diabéticos: entenda o que são e como é feito o diagnóstico
 

Como o pé diabético é afetado


Neuropatia: é quando os seus nervos são comprometidos pelo diabetes. Suas pernas e pés podem doer sem causa aparente ou, ao contrário, perder a sensibilidade a dor, frio ou calor. Nesse caso, você pode sofrer um corte, por exemplo, e não sentir, permitindo que o corte infeccione. A musculatura dos pés também pode ficar mais fraca, já que seus nervos não estão funcionando apropriadamente. Nesse caso, seus pés podem desalinhar e desequilibrar.

Doença vascular periférica: é quando os seus vasos sanguíneos são afetados pela doença. Sua vascularização fica comprometida, reduzindo o fluxo de sangue para os pés. Essa redução dificulta a cicatrização de uma ferida ou corte, por exemplo. E uma ferida não cicatrizada pode se tornar uma úlcera de pele e até gangrenar, correndo o risco de amputação.


 

Como o pé diabético é diagnosticado


O diagnóstico precoce é importante, sendo assim, é preciso estar atento aos sinais e sintomas de um pé diabético, como: ressecamento, deformidades nas unhas, alterações na cor da pele, temperatura, dedos em garra, rachaduras ou falta de sensibilidade. Mesmo que o paciente não apresente nenhum destes sinais, o exame é necessário.

Os médicos podem solicitar exames referentes a circulação, avaliação sensorial, avaliação do fluxo arterial, avaliação estrutural e tegumentar dos pés, identificação de pontos de pressão anormais, avaliação da mobilidade e outros. Além disso, os profissionais sempre investigarão o histórico do paciente.

Portanto, você deve estar sempre atento as mudanças nos seus pés e caso perceba alterações, consultar um médico para o diagnóstico do pé diabético.

Continue lendo e conheça as dicas de cuidados com o pé diabético.


 

10 dicas de cuidados com o pé diabético


O cuidado apropriado ao pé diabético pode evitar e/ou tratar as desordens antes que elas causem complicações mais sérias. Acompanhe os 10 cuidados com o pé diabético que são essenciais:
 

1. Verifique seus pés todos os dias


Você pode ter problemas mesmo que não sinta dor. Um exame diário pode evitar maiores complicações. Por isso, sempre confira se há feridas, bolhas, vermelhidão ou inchaço, calos, unhas encravadas, ou qualquer outra anormalidade.

Não esqueça de olhar entre os dedos. Se você tiver dificuldade de enxergar seus pés, peça para alguém fazê-lo ou use um espelho para auxiliar.
 

2. Higienize seus pés diariamente


Lave seus pés todos os dias com água morna e sabonete suave. Teste a temperatura da água com seu cotovelo, pois, em caso de neuropatia, a sensibilidade de suas mãos também pode estar comprometida. Após, seque seus pés muito bem, especialmente entre os dedos.
 

3. Cheque suas unhas dos pés


Apare-as com um alicate adequado, sempre com corte reto, para evitar unhas encravadas e outras lesões. Nunca use outras ferramentas inapropriadas, como tesouras. Não arredonde, nem corte os cantos.

Após, suavize as bordas com uma lixa, muito levemente. Opte por cortá-las depois de lavar e secar seus pés. Se você não consegue tratar de suas unhas sozinho, faça o tratamento com um podólogo.
 

4. Mantenha seus pés hidratados


Se a pele de seus pés está seca, mantenha-a hidratada aplicando cremes ou loções hidratantes – indicados por seu médico ou podólogo. Aplique sempre após lavar os pés e evite passar entre os dedos.
 

5. Use calçados e meias o tempo todo


Use calçados fechados. Evite usar sandálias ou chinelos, e não ande de pés descalços, nem na praia. Você pode se machucar sem perceber e a ferida ou corte pode agravar adiante. Mesmo dentro de casa, se você não gosta de usar calçados regulares, opte por chinelos de pano.

Escolha seus sapatos pelo conforto e não pela estética somente. Sempre compre calçados do seu tamanho, com sola que facilite a movimentação dos pés durante a caminhada e prefira os de lona ou couro, que amaciam com o uso. Se necessário, procure sapatos em lojas especializadas, que oferecem mais conforto a pés com deformidades e calosidades.

Também vista meias o tempo todo. Elas protegem do atrito, evitando bolhas e feridas. E escolha meias brancas de algodão que sirvam perfeitamente em seus pés, não podem apertar ou ficar largas.
 

6. Cuidados com feridas


Em relação às feridas e curas, é necessário que elas sejam avaliadas pelo médico podólogo, que indicará o tipo de cuidado que deve ser realizado.

Cuidados com feridas, tudo isso pode ser resumido em observar, proteger e cuidar, o que, em suma, visa evitar a aparência e crescimento dos ferimentos, cujas consequências podem ser graves.
 

7. Proteja seus pés do frio ou calor


Também em razão da temperatura das superfícies, prefira sempre sapatos fechados e meias, mesmo na praia ou em casa.

Use filtro solar se estiver descalço.

Mantenha seus pés distantes de aquecedores e não use bolsa térmica sobre eles. Se seus pés ficam gelados à noite, use meias macias.
 

8. Mantenha sempre o sangue fluindo para seus pés


Erga seus pés ao sentar, mexa seus dedos, mova seus tornozelos várias vezes ao dia.

Não cruze suas pernas por períodos muito longos e não use meias apertadas.
 

9. Melhore seu fluxo sanguíneo geral


Não fume. Fumar piora os problemas de circulação sanguínea.

E seja ativo. Escolha exercícios fáceis para seus pés, como caminhadas leves (com os tênis adequados), dança, yoga, alongamento, natação ou bicicleta.
 

10. Faça um acompanhamento de sua saúde total


Por fim, nunca se esqueça que o diabetes é uma doença que demanda cuidados com todo o seu corpo para manutenção de sua qualidade de vida.

Observe o aconselhamento dos profissionais da saúde no que tange a nutrição, exercícios, medicação, entre outros.

Uma equipe multidisciplinar, que inclua especialidades como endocrinologia, angiologista, cirurgia vascular, odontologia, podologia, nutrição e acompanhamento físico, contempla a saúde total do seu organismo.

A frequência das visitas a cada especialista será feita sob orientação de cada um deles.

No caso do pé diabético, por exemplo, o podólogo pode orientar consultas bimestrais, mensais e, em alguns casos, até mais de uma por mês.

-> Leia também: "Qual é a relação entre pés diabéticos e problemas nos pés"

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