Qual é a relação entre os pés diabéticos e os problemas nos pés?

Qual é a relação entre os pés diabéticos e os problemas nos pés?

Entenda melhor como os pés diabéticos podem afetar sua saúde e seu dia a dia.

Os pés diabéticos são problemas para um grande número de brasileiros. Conheça melhor essa condição e saiba o que fazer.

Pé diabético é o termo utilizado no mundo médico para se referir a complicações no sistema circulatório e nervoso dos pés, decorrente do diabetes mal controlado.

Se você quer saber mais sobre o que é essa condição, como é feito o diagnóstico e como prevenir problemas com os pés diabéticos, recomendamos a leitura do nosso primeiro artigo sobre o assunto: Pés diabéticos: entenda o que são e como é feito o diagnóstico.

A seguir, vamos nos aprofundar nos problemas que essa condição pode causar aos pacientes, e quais são os tratamentos disponíveis! Continue lendo para aprender:
 

Pé diabético: Entenda melhor a condição


O diabetes é, infelizmente, uma condição crônica e extremamente comum. Uma pesquisa recente mostrou que, entre 2006 e 2016, o número de diabéticos no Brasil aumentou em 61,8%. A doença já atinge cerca de 8,9% da população.

Entre as mulheres, o índice é de 9,9% e, entre os homens, de 7,8%. Os dados são da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) do Ministério da Saúde.

Como agravante, O diabetes possui uma grande lista de consequências e comorbidades que a acompanham. O diabético é uma dessas consequências.

Pacientes diabéticos comumente enfrentam problemas como neuropatia diabética periférica (morte das células nervosas), e doença vascular periférica (diminuição da circulação nas pernas e nos pés).

Essas condições podem agravar lesões, já que a falta de sensibilidade causada pela neuropatia impede que o paciente perceba que o pé está machucado e a má circulação dificulta a cicatrização e a ação de anticorpos, favorecendo infecções.

Na maior parte dos casos, as pessoas desconhecem as complicações do diabetes em relação aos pés e unhas, ou nunca foram orientados sobre o assunto.
 

Pés diabéticos, sem tratamento e acompanhamento, podem ter consequências sérias


Há mais de 10 anos, Alan R. Rubin, médico endocrinologista publicou o livro Diabetes Para Leigos. Na obra, ele indica que ocorrem mais de 70.000 (setenta mil) amputações por ano nos Estados Unidos. E destas amputações, mais de 50% são em pacientes com pés diabéticos.

Já no Brasil, a situação pode ser ainda mais séria. Devido às dificuldades socioeconômicas e questões culturais, ainda temos baixíssima adesão de pacientes em programas que visam detectar problemas nos pés de diabéticos, trabalhando a conscientização, prevenção e acompanhamento.

Além disso, nosso país também não conta com políticas públicas de saúde que invistam nessa prevenção. Ou seja, dificilmente encontraremos equipes multiprofissionais de Prevenção e Atenção ao Pé Diabético em Unidades Básicas de Saúde.
 

Relação entre Pé Normal e Pé Diabético


É preciso, antes de falar mais sobre isso, salientar que existem diferenças entre pés diabéticos e os pés de uma pessoa com diabetes.

Isso mesmo! É possível encontrar pés e unhas normais em indivíduos diabéticos, bem como identificar pés diabéticos em pessoas sem outros sintomas.

Podemos considerar um pé como saudável quando a condição circulatória encontra-se dentro dos padrões normais, e as terminações nervosas também. Ou seja, o paciente apresenta sensibilidade normal em todas as áreas dos pés, e não apresenta sinais de comprometimentos da circulação.

Além disso, em pacientes não afetados, os pulsos pediosos estão íntegros. Isso significa que é possível palpar algumas artérias no dorso e na região posterior do tornozelo, e sentir os batimentos cardíacos no local. Isso demonstra que a circulação está preservada.

As unhas também devem apresentar aspectos normais, como espessura fina e tonalidade translúcida, tendendo para o rosa. Essa cor está relacionada com uma boa irrigação sanguínea na pele, que oferece a tonalidade ao corpo das unhas.

Unhas normais também não apresentam rachaduras, manchas, alterações de cor ou espessamento. Elas não são muito curvadas nem muito abertas.

Em relação a pele dos pés, devem ter aspecto hidratado e contar com a presença de pelos e certa elasticidade. Isso demonstra que está recebendo nutrientes da circulação sanguínea.

A pele é o maior órgão do corpo humano, e possui a função de proteger os órgãos internos. Qualquer alteração na pele pode significar que algo não está bem no seu organismo!

Já falamos das unhas, da pele, das terminações nervosas e dos vasos sanguíneos. Mas precisamos mencionar também a parte de baixo dos pés. Essa área também é chamada de região plantar, popularmente conhecida como “sola dos pés”.

O peso do corpo é distribuído nos pés através dos arcos plantares. Isso ocorre graças a um conjunto de funções complexas, envolvendo músculos, ossos, tendões, ligamentos e terminações nervosas.

Existe um arco interno e um externo. O arco interno é chamado “cova do pé”.

Um pé saudável não deve apresentar aumento da curvatura do arco plantar (pé cavo), bem como diminuição destes (pé chato).

O diabetes, quando não controlado por longo tempo, atinge uma ou mais das estruturas descritas acima, alterando a distribuição das cargas plantares e, consequentemente, o aparecimento de calosidades onde não existiam.
 

Por que aparecem feridas?


As feridas, também conhecidas como úlceras, podem resultar de vários fatores. Alguns exemplos são:

● Diabetes descompensado;
● Falta de sensibilidade;
● Diminuição da circulação nas extremidades;
● Calçados inadequados;
● Deformidades ortopédicas nos pés (regiões de calos e calosidades).

É essencial que, ao identificar um ferimento no pé, o diabético consulte imediatamente seu endocrinologista. Esse especialista poderá diagnosticar a causa da ferida, além de determinar qual é o melhor tratamento.

As feridas (úlceras) precisam de atenção especial. Caso não sejam tratadas de maneira correta, podem atingir tecidos mais profundos e estruturas ósseas. Muitas vezes, a consequência deste tipo de quadro é a amputação.
 

Procure tratamento e acompanhe a saúde dos seus pés!


Fazer o acompanhamento da saúde dos seus pés através de consultas com um podólogo
especializado nesta área garante aquilo que é mais importante no caso de pés diabéticos: o
diagnóstico precoce.

Mesmo sem possuir nenhuma lesão ou sintoma, é fundamental que pacientes com diabetes
façam as consultas preventivas. Afinal, com consequências tão sérias, essa é uma condição
que merece toda a sua atenção!

O podólogo poderá lhe orientar sobre a maneira certa de prevenir lesões e garantir a saúde
dos seus pés, além de recomendar o uso de calçado, meias e cremes hidratantes para cada
tipo de pele, e tratamentos mais apropriados para você!

Marque sua consulta hoje mesmo.

 

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